Os Desbravadores e os Atalhos
Imagine uma mata fechada, caminhos inexplorados, lugares de difícil acesso, poucas ferramentas para ceifar uma trajetória, os perigos que possam habitar uma provável selva, escolhas, rumos a tomar, a direção, norte, sul, leste, oeste, tudo que envolve um conceito de desbravamento e uma busca em torno de um horizonte obscuro e desconhecido. Diante desse quadro imaginário faça um paralelo com as dificuldades conhecidas de todo aquele que nasce em solo excluído.
Os desbravadores, que podem ser classificados em diversos e indefinidos seguimentos ou funções na sociedade, profissionais das mais variadas aptidões, constroem nesta mata fechada suas desacreditadas trilhas, mesmo porque enquanto não se chega ao objetivo almejado, sofrerão com o ceticismo do próprio povo que vive na exclusão. Mas quando esses desbravadores atingem ao tão sonhado ponto estável, percebem que deixaram para trás um rastro que é automaticamente seguido, e passam a ter a responsabilidade (nem sempre consciente) de indicar os atalhos do caminho!
Muitos dizem que fazemos o nosso próprio caminho. Fazemos sim, mas na medida que abrimos nossos ouvidos para a experiência de quem os desbravou, não necessitamos mais (se formos espertos) temos de passar em trajetos que só tomam, ou melhor roubam nosso tempo retardando a chegada ao objetivo.
Mas quem são seus desbravadores? Já fez usufruto de algum atalho? Inicialmente, comigo foram meus pais. Depois muitos outros vieram, a vida foi e vai sempre me apontando alguns outros exemplos de comportamento e me capacitando a discernir “os atalhos” das “armadilhas”, porque nem todos no caminho são de fato desbravadores, existem uma gama de aproveitadores do destino alheio, esperando a escolha de um rumo a seguir, para copia-lo, sem traçar sua própria trilha.
Com a graça de Deus chegará o dia em que os caminhos, trilhas e trajetórias serão acessíveis a todos, sem a necessidade de se desbravar, de forma que toda essa condição geográfica que impossibilita a chegada da tão esperada INCLUSÃO SOCIAL será totalmente absorvida pelas AÇÕES AFIRMATIVAS, ações de pessoas que objetivam uma melhor perspectiva de vida para a comunidade (mesmo sem morar nela), buscando o mínimo de dignidade e cidadania, indo direto, sem escalas, na raiz do problema, ou seja, a EDUCACÃO, usando a forma mais saudável entre outras de se combater a alienação promovida pelo sistema, a CULTURA, onde engloba diferentes maneiras de fazer o cidadão se sentir incluso, respeitado e verdadeiramente mais um desbravador!
Gostaria de citar (sabendo da existência de muitos outros) alguns desbravadores, fabricantes de atalhos, praticantes de ações afirmativas como: FASE, AFROREGGAE, CUFA, em especial o CECIP, a quem parabenizo pelos serviços prestados a baixada fluminense, a minha área Belford Roxo, me colocando a disposição sempre que precisarem. Lembrando que o ápice do desbravamento, seja na música, na arte, ou em qualquer outra função social é quando culmina em ações afirmativas.
J.César Belieny
Gostaria de citar (sabendo da existência de muitos outros) alguns desbravadores, fabricantes de atalhos, praticantes de ações afirmativas como: FASE, AFROREGGAE, CUFA, em especial o CECIP, a quem parabenizo pelos serviços prestados a baixada fluminense, a minha área Belford Roxo, me colocando a disposição sempre que precisarem. Lembrando que o ápice do desbravamento, seja na música, na arte, ou em qualquer outra função social é quando culmina em ações afirmativas.
J.César Belieny